quinta-feira, 27 de setembro de 2018

ANSEIO DE FELICIDADE





Já não se espera do além,
Nem do agir de ninguém,
Que felicidade seja plena,
Aqui na condição terrena.

Nos cabrestos da indução,
Todos são iguais na opção,
De comprarem felicidade,
Com dinheiro à vontade.

Muitas sobras produzidas,
De suor e sangue tingidas,
Como um lixo descartável,
Se vão de modo execrável.

Na ambição por felicidade,
Aumentam com saciedade,
Os humanos descartados,
Iguais aos lixos ignorados.

A frustração da felicidade,
Que some em velocidade,
Gera agressividades letais,
Ante um mundo de rivais.

Na compensação frustrada,
A vida que vai desandada,
Perde a genuína dignidade,
E produz incrível maldade.

Sobra enfim apenas anseio,
Sob um consumista enleio,
Que ronda um fim iminente,
De subsumir como indigente.

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