sexta-feira, 14 de setembro de 2018

ANJINHOS SEM ASAS




Vejo tantas expressões faciais,
Com divinos traços angelicais,
Irradiando mundos indizíveis,
Sob traços humanos incríveis.

Simplesmente encantadoras,
Sem as palavras enganadoras,
Indicam um rumo comovente,
Através dum coração contente.

Irradiando uma riqueza vital,
Como pontos de luz celestial
Mudam com humor e leveza,
Tanto sentimento de tristeza.

Como são anjinhos perfeitos,
E com tão pequenos defeitos,
Porque estas asas angelicais,
A entortar colunas dorsais?

O imagético de seres celestes,
Que ignora traços incontestes,
Teima naquela velha raiz persa,
Que a boa angelologia dispersa.

Querem anjos de outro mundo,
Para enfeitar este tão iracundo,
E esvaziar o divino tão humano,
Explicitado neste mundo insano.

Com menos enfeites românticos,
Poderiam sobressair os cânticos,
Desta espontânea comunicação,
Dos anjos da genuína interação.

Apontam os mundos possíveis,
De mensagens bem inteligíveis,
Sobre o êxito de possibilidades,
Que eclodem sobre fatalidades.



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