quarta-feira, 26 de setembro de 2018

PERSEGUIDORES E SUAS VÍTIMAS




Para eliminar um adversário,
Que deseja o mesmo ideário,
O melhor modo de afastá-lo,
Está no modo de contestá-lo.

O inimigo como ameaçador,
E como grande perturbador,
Poderia afetar algum desejo,
Que interessa ao próprio ejo.

Então o deus do perseguidor,
Age com pretexto motivador,
Para que a vítima seja morta,
Pelos perigos que comporta.

Mimetismo ao deus violento,
Oferece um belíssimo alento,
Para agir como bom ajudante,
Do real e suposto mandante.

Na mão ilibada da inocência,
Agride-se com a indecência,
Que difama honra da vítima,
E supõe a sua morte legítima.

Na falsa esperança da boa ação,
Executada como reta intenção,
Espera o agressor no bom fito,
Que algo bom lhe seja predito.

A ação do deus perseguidor,
Insensível à expressão de dor,
Quer vítimas bem submissas,
Para suas gloriosas premissas.

Qual seria o Deus das vítimas,
Em suas ansiedades legítimas,
Dos direitos essenciais à vida,
Sem uma violência tão sofrida?

Na violência bem sustentada,
Em nome da justiça desejada,
Aumentam-se novas violações,
E negam-se anelantes soluções.







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