Tempos
milenares insinuavam,
E,
insistentes muito alertavam,
Para
moderar na alimentação,
E
valorizar um afetivo coração.
Vieram os
outros referenciais,
Que a
todos fazem ser iguais,
Na
mórbida e cega obsessão,
De muito
alargar a possessão.
Manipulados
para fixo olhar,
No rol do
que possa antolhar,
São
induzidos para consumir,
Do quanto
possam presumir.
O excesso
deve animar tudo,
E mover sempre,
sobretudo,
A
continuidade do consumo,
Para um
engrandecido rumo:
Exagero diante
de aquisições,
E comprar
variadas provisões,
Por
conterem ar de felicidade,
Que
inebria à farta saciedade.
Com o
ilusório valor agregado,
Qualquer
produto comprado,
Adquire
um valor de adoração,
Que eleva
o tônus do coração.
O capeta
do grandioso sonho,
Pervade o
descarte medonho,
E aponta
o outro objeto novo,
Que deixa
feliz um vasto povo.
O único
sonho engole o anseio,
E já
deixa seu sinal de meneio,
Para o outro
fito comprazível,
Do
ansiado momento indizível.
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