sábado, 18 de novembro de 2017

SONHOS E PESADELOS



Nas belas paisagens que fluem e se misturam,
Mas, que só em fração de segundos perduram,
Migram também os lugares das lindas imagens,
E nos carregam para outras e inusitadas aragens.

Se muitos sonhos pudessem ser reais e efetivos,
E nos deslocar para os lugares menos seletivos,
O nível dos sofrimentos subjetivos e prostrantes,
Daria lugar a sentimentos bem mais edificantes.

O pior é que bons sonhos coletivos alimentados,
Deixam decepção frustrante por todos os lados,
Mas são protelados para novos e bons tempos,
Com a promessa de ausência de contratempos.

Neste jogo do ilusório processo mental diuturno,
Implanta-se o terror do aproveitamento soturno,
Que enriquece à custa do trabalhador explorado,
E o engana com um bajulante discurso de agrado.

No pesadelo real e efetivo do dito cidadão alienado,
Sobra apenas a cega obsessão pelo produto ofertado,
Com a ilusória sensação da plena liberdade de desejar,
Para tornar-se feliz sob o que a vontade possa ensejar.

Nas horas passadas em compensação das frustrações,
Revela-se o alcance das intensas e frustrantes ilusões,
Que já não acalantam o gosto pela vida serena e boa,
Nem fornecem as forças para sair deste mundão à toa.







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