Enquanto os diminutivos são
depreciados,
E como, afetivas anomalias,
interpretados,
Ampliam-se variados termos
superlativos,
Para expressar novidades e
ares positivos.
Nas falas, nas novidades e
nas atrocidades,
Tudo é ampliado por emoções
e vaidades,
Porque precisa assegurar a superioridade,
Da inovação sobre
a cotidiana banalidade.
Já não dá status
comprar em mercadinho,
Nem traçar com um
velho auto o caminho,
Pois é preciso
antecipar a maior novidade,
Para demonstrar uma
superior felicidade.
Tudo o quanto é bom
precisa ser “hiper”,
E, rapidamente,
abrir-se como um zíper,
Para irradiar uma
emoção deslumbrante,
E propiciar uma
sensação bem extasiante.
Amplos
hiper-mercados e hiper-atacados,
Vendem felicidade e
paraíso de agrados,
Através dos
multicoloridos mostruários,
Agregados de
fantasias e bons ideários.
Na abundância da
felicidade projetada,
Anseia aquela
imensidão procrastinada,
Que ambiciona um
grandioso hiper-real,
Para preencher o
hiper vazio existencial.
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