sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Na fruição das celebridades



Produzidas pela indústria cultural,
Feitas para um consumo integral,
São celebrizadas e mimetizadas,
A fim de que sejam bem imitadas.

Feitas ícones para serem desejadas,
Como proeminências mais sagradas,
Tornam-se objetos tão aficionados,
Que ocupam corações apaixonados.

Sob o efeito intenso e avassalador,
Levam a aniquilamento do pendor,
Genuíno e pessoal da cada vivente,
Para fazê-lo um pobre dependente.

A paixão doentia por celebridade,
Afeta humanos de qualquer idade,
Pelo desejo de divinizar-se na vida,
E irradiar a felicidade sem medida.

Feita centro de um desejo imitador,
A celebridade no afã conquistador,
Vira um banal objeto a ser vendido,
Para estabilizar um sistema já falido.

Feita referência do que é desejado,
A celebridade, um objeto mitizado,
É refém do mesmo rol de consumo,
Ídolo sem saber seu próprio rumo.





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