domingo, 24 de setembro de 2017

Mentira - rosto do capeta



Encarnou-se em nosso tempo,
Um embuste de contratempo,
Que marca relações humanas,
Com as patranhas doidivanas.

O eixo deturpador da verdade,
Age com a solta prosperidade,
Na mentira da firula inverídica,
Sob o ar de inocência fatídica.

Das trapaças para negar atos,
Inventam-se apelos aos fatos,
Para esconder procedimentos,
Que ocultam os reais intentos.

No engodo das embromações,
Abre-se a fantasia para ilusões,
Que desvia o foco com balelas,
E o oculta com ilusórias trelas.

Parida de quem tirou proveito,
A mentira oculta seu despeito,
Para não sofrer a contrariedade,
Decorrente da sua arbitrariedade.

Assim, todo o vasto agir maligno,
Que gerou procedimento indigno,
É negado através de invencionice,
Que logra, no momento, a idiotice.

Além de confundir as verdades,
O diabo logrador das lealdades,
Está presente em toda relação,
Em que se altera uma situação.

Assim causa as feridas na alma,
E invade a retidão que acalma,
Para miná-la na ação perversa,
Que a isente da ação adversa.

Nas muitas dúzias de sinônimos,
A mentira de mundos anônimos,
É ação diluída do capeta chifrudo,
Que fornica e, depois, nega tudo.







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