Desde tempo em que era pequeno,
Alertava-se contra ação do veneno,
Para evitar o contato e sua inalação,
A fim de não morrer pela sua ação.
Enquanto a mesma conversa segue,
Aposta humana doentia prossegue,
Envenenando solo, água e animais,
Plantas e micro-organismos vitais.
O desejo ambicioso fora do normal,
Do agronegócio lucrativo e triunfal,
Parece lagarto comendo seu rabo,
E se matando a si no ilusório gabo.
As colheitas adoradas pela renda,
Para acumular poder de oferenda,
Sempre mais fartas de intoxicantes,
Devoram vida em atos causticantes.
Enchem veias e o corpo de toxinas,
E perpetram horrendas carnificinas,
Com o cádmio, arsênio e antimônio,
Ou chumbo, mercúrio e o plutônio.
Tantas toxinas, ricinas e
estricninas,
Letais como a poluição de gasolinas,
Acabam afetando biomas e sistemas,
Com nefastos e mortais estratagemas.
Importa produzir muito e vender mais,
Sem regra ética sobre efeitos
colaterais,
Mesmo com as intoxicações perniciosas,
A ceifar vidas e suas condições
preciosas.
Somem até milenares festas de
colheita,
Com a alegria da gratuidade
escorreita,
Do bom-senso comunitário de partilha,
A unir e irmanar no que se
compartilha.
Secantes, com inseticidas e
fungicidas,
Junto de tanta variedade de
pesticidas,
Matam o mundo dos micro-organismos,
E proliferam os humanos anacronismos.
Sem a simbiose de vida do ambiente,
Aniquila-se a ampla vida interagente,
E veneno sendo espalhado e ingerido,
Deixa o belo rol humano desfalecido.
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