segunda-feira, 29 de julho de 2024

VENENO

 

 

Desde tempo em que era pequeno,

Alertava-se contra ação do veneno,

Para evitar o contato e sua inalação,

A fim de não morrer pela sua ação.

 

Enquanto a mesma conversa segue,

Aposta humana doentia prossegue,

Envenenando solo, água e animais,

Plantas e micro-organismos vitais.

 

O desejo ambicioso fora do normal,

Do agronegócio lucrativo e triunfal,

Parece lagarto comendo seu rabo,

E se matando a si no ilusório gabo.

 

As colheitas adoradas pela renda,

Para acumular poder de oferenda,

Sempre mais fartas de intoxicantes,

Devoram vida em atos causticantes.

 

Enchem veias e o corpo de toxinas,

E perpetram horrendas carnificinas,

Com o cádmio, arsênio e antimônio,

Ou chumbo, mercúrio e o plutônio.

 

Tantas toxinas, ricinas e estricninas,

Letais como a poluição de gasolinas,

Acabam afetando biomas e sistemas,

Com nefastos e mortais estratagemas.

 

Importa produzir muito e vender mais,

Sem regra ética sobre efeitos colaterais,

Mesmo com as intoxicações perniciosas,

A ceifar vidas e suas condições preciosas.

 

Somem até milenares festas de colheita,

Com a alegria da gratuidade escorreita,

Do bom-senso comunitário de partilha,

A unir e irmanar no que se compartilha.

 

Secantes, com inseticidas e fungicidas,

Junto de tanta variedade de pesticidas,

Matam o mundo dos micro-organismos,

E proliferam os humanos anacronismos.

 

Sem a simbiose de vida do ambiente,

Aniquila-se a ampla vida interagente,

E veneno sendo espalhado e ingerido,

Deixa o belo rol humano desfalecido.

 

 

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