segunda-feira, 22 de julho de 2024

HOMO LUCTANS

 


(HOMEM DA LUTA)

 

Desde a origem a raça humanoide,

Ao lado do traço sentimentaloide,

Teve que lutar no confronto vital,

Contra inimigos e a ameaça rival.

 

Luta por comida e área protegida,

Com caças e provisão de comida,

Levou aos constantes confrontos,

Ante outros interesses e intentos.

 

Marcas históricas das duras lutas,

Com progressivas e diárias labutas,

Forjaram o perfil de pouco perdão,

E as conquistas na agressiva paixão.

 

Como o ar e comida tão essenciais,

As lutas e as divergências cruciais,

Mobilizaram insondáveis desejos,

Para o alcance de gratos lampejos.

 

Vontade de persuadir e convencer,

Produz inúmeras lutas de arrefecer,

Para que outros absorvam a opinião,

Advinda duma subjetiva elucubração.

 

Fez-se necessário lutar para nascer,

E na luta contínua para sobreviver,

Exigiu-se a luta para os anticorpos,

Evitarem morte ante estereótipos.

 

Luta-se e reluta-se para aprender,

E para poder se auto-transcender;

A luta pela manutenção da saúde,

Também visa alcance da plenitude.

 

Aprende-se dura luta contra briga,

Ante diária provocação de intriga,

Para manter respeito e dignidade,

E vencer tentadora arbitrariedade.

 

Luta-se para persuadir e encantar,

Na ânsia de encontrar bem-estar,

Que facilite moderar alimentação,

Para grata e satisfatória interação.

 

Requer-se luta contra o sobrepeso,

Sem molestar juízo esperto e aceso,

Que ajude a alargar conhecimentos,

E a cultivar leais e bons sentimentos.

 

Luta-se para entrar no time afamado,

E do jogo não chegar a ser dispensado,

Mas também para livrar-se dos chatos,

E dos que são explicitamente ingratos.

 

A luta se ativa nos desejos de direitos,

E para suplantar indesejados defeitos,

Com uma nova ordem de mais justiça,

Que reduza a larga morbidez da cobiça.

 

Luta-se para ter direito de trabalhar,

E que outros não o visem amealhar,

Mas, logo o sonho de aposentar-se,

Gera luta para não autonomizar-se.

 

Luta-se intensamente para não sofrer,

E para não ficar subsumido e morrer,

Sob trato de indiferença e de apatia,

No entorno social de larga hipocrisia.

 

Luta-se para alcançar especial favor,

Com vistas a sentir aceitação e amor,

Mas também para boa precedência,

E lida com causticante impaciência.

 

Luta-se por títulos, troféus e honra,

Que incluem rivalidades e desonra,

E obrigam a aceitar vitórias alheias,

E fofocas das mais injuriosas e feias.

 

A contingência desperta a finitude,

E cobra luta para a humana virtude,

Que gesta o amparo do amor divino,

Contra o ódio tão alargado e sovino.

 

Sob a mais estúpida e doentia luta,

De soldados se matando em disputa,

Surge a luta por bondade e respeito,

Com convívio humano do bem-feito.

 

Até os supostos fantasmas e medos,

Ao lado de fantasias sobre segredos,

Pedem luta para desvendar potência,

Da sua efetiva força de impertinência.

 

 

 

 

 

 

 

 

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