Sentado no cepo de angico,
Feito trono de poder jerico,
Revisita o império passado,
Nobre, de marcante legado.
Lembra com saudade a luta,
Da sua empreendida labuta,
Por pacífica relacionalidade,
Para uma ordeira sociedade.
Suas intuições pelo melhor,
Trouxeram dissonância pior,
Do quanto poderia imaginar,
Para a lealdade compaginar.
Reto, honesto e transparente,
Deixou resquício descontente,
No meio dos outros objetivos,
Tidos como melhores lenitivos.
Como o velho toco de angico,
Viu solidez ferida por fuxico,
Mas, o cerne lhe dá amparo,
Para sonhar no meio amaro.
Deslinda o tempo na afeição,
E fita os fatos na boa aferição,
Do mar de gestos edificantes,
E que permanecem vibrantes.
Nem tudo que foi bom, segue,
Mas, a consciência prossegue,
A reafirmar grandeza do feito,
Mesmo imiscuído com defeito.
Lembra incontáveis momentos,
De exultação dos sentimentos,
Para não desanimar na aposta,
Da escolha pela sua proposta.
O império de vida consumada,
Lhe aufere a certeza dilatada,
De que sua vida não foi inútil,
Nem carece de bajulação fútil.
Contempla o jardim de flores,
E inala os perfumados odores,
Do mundo de vida irradiante,
No belo espaço circundante.
A inalação dos ares acende,
A chama vivaz que prende,
O foco para uma esperança,
Dum mundo sem lambança.
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