sexta-feira, 26 de julho de 2024

DEMOCRACIA

 

 

Propalada aos quatro ventos,

Perfeição de ideais avarentos,

Para uma excelsa governança,

Não revela a suposta bonança.

 

Sob o governo de participação,

Duma mui enaltecida tradição,

Séculos de organização política,

Solidificaram a inusitada tática:

 

Participação, em tudo, de todos,

Nos múltiplos humanos meados,

Seria impossível e bem inviável,

A não ser por um voto delegável.

 

Delegar a alguém à incumbência,

Da representação e dependência,

Permitiu aos restritos delegados,

Agir no lugar daqueles abnegados.

 

Pode o agente falaz ser porta-voz,

E agir como a representativa voz,

Para favorecer os representados,

E suprir seus anseios aperreados.

 

Sob falácia deste sofisticado jogo,

Os anelos a eminente demagogo,

Tendem a ir para limbo preterido,

E barganhar um grupo favorecido.

 

Poder de oligarquias anula efeito,

Do participativo ato de despeito,

A quem espera do representante,

Ações efetivas de êxito militante.

 

Ao invés de viabilizar a igualdade,

Primam por máxima desigualdade,

E por ampla fraqueza dos cidadãos,

Para favorecer oligárquicos bolsões.

 

Votos dos ditos cidadãos populares,

Nada somam a oligarquias singulares,

Pois compram com sua farta riqueza,

As regras que asseguram sua avareza.

 

 

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