terça-feira, 11 de julho de 2023

NOITES FRIAS, ESCURAS E CHUVOSAS

 

 

Como nos andares claudicantes,

Tantos momentos demandantes,

São acordados nas longas horas,

E fluem sem pacto de penhoras.

 

Tantas coisas remetem ao tateio,

Do que Deus indicaria neste meio,

Para básico e ajuizado bom-senso,

No tanto agir humano de dissenso.

 

A noite escura não limita só a visão,

Mas ofusca a luz da fé na previsão,

De que o rumo da vida está na rota,

Sem os imprevisíveis vaus de grota.

 

Com esperar a esplêndida aurora,

Quando a guerra sempre apavora,

E já ninguém se mobiliza pela paz,

E tolera na frieza matança ineficaz.

 

Na trapaça que pede bênção divina,

Se justifica o armamentismo sovina,

E pela justa economia progressista,

Crê-se na arma para mais conquista.

 

Imobilidade contra estúpida guerra,

Liberta a absurda invasão com serra,

Para cortar o bloqueio da liberdade,

E fixar direitos humanos à vontade.

 

Assim, os gerenciadores do poder,

Garantem vantagens no malquerer,

E desfrutam das benesses obtidas,

Sem aprimorar humanas medidas.

 

Neste tão adorado progressismo,

A força imperial age com cinismo,

Pois auferida do direito de matar,

Elimina quem não a quer acatar.

 

 

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