O despontar das folhas verdes,
Para apontar flores alviverdes,
Das serenidades esperançosas,
Desvia a atenção das buliçosas.
Inquietação por algo diferente,
Relega tudo que já foi atraente,
E persuade a ignorar o outono,
Como a miragem de um sono.
As folhas amareladas que caem,
Mortas sob as que sobressaem,
Não encontram compensações,
Nem energias de improvisações.
Com a varredura desta dispersão,
Amontoa-se a disfarçada aversão,
De quem não interessa para nada,
Na doideira desta vida disparada.
Nesta vulnerabilidade aquilatada,
Emerge a dura sentença imputada,
Da árdua tarefa por reciprocidade,
Que retribua motivo de utilidade.
O húmus oriundo de folhas caídas,
De muitas vontades não atingidas,
Pode energetizar a decrepitude,
Contra a inconstante vicissitude.
Andejar após dúzias de derrotas,
E repleto de rótulos sem janotas,
Revela incompletude sem alarde,
E recomeço sem espírito covarde.
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