sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

ADORADO OURO

 

 

Da antiga simbologia religiosa,

Do ouro na realeza prodigiosa,

De objetos, ícones, e imagens,

Sobraram fartas malandragens.

 

Cobiça desenfreada por ouro,

Transformou-o num tesouro,

Da nova e perversa idolatria,

Que gera o auge da egolatria.

 

Metal luxuoso de esnobação,

Nada lembra do bom coração,

Mas esconde graves violações,

Aos humildes e suas aspirações.

 

Leva aos absurdos genocídios,

E os tão deploráveis ecocídios,

Sem ínfimo respeito a culturas,

E às suas históricas estruturas.

 

Mineração de escala industrial,

Para armazenar poder triunfal,

Ignora direitos dos explorados,

E deixa sobrantes deteriorados.

 

Facilita a lavagem de dinheiro,

E mercantiliza o mundo inteiro,

Para esnobação de pouca gente,

Insensível ao mundo padecente.

 

A obsessão pelo mineral dourado,

Denigre a natureza por todo lado,

Abusa de outros seres humanos,

E afugenta com terrores insanos.

 

Sobretudo o garimpo clandestino,

Manifesta um paradoxal desatino,

Na eliminação de milhões de vidas,

Já acuadas, doentes e esmaecidas.

 

No adorado ouro a causar fome,

Símbolo de um deus sem nome,

O mercúrio, sinônimo de morte,

É o agente da inominável sorte.

 

 

 

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