Da antiga simbologia religiosa,
Do ouro na realeza prodigiosa,
De objetos, ícones, e imagens,
Sobraram fartas malandragens.
Cobiça desenfreada por ouro,
Transformou-o num tesouro,
Da nova e perversa idolatria,
Que gera o auge da egolatria.
Metal luxuoso de esnobação,
Nada lembra do bom coração,
Mas esconde graves violações,
Aos humildes e suas aspirações.
Leva aos absurdos genocídios,
E os tão deploráveis ecocídios,
Sem ínfimo respeito a culturas,
E às suas históricas estruturas.
Mineração de escala industrial,
Para armazenar poder triunfal,
Ignora direitos dos explorados,
E deixa sobrantes deteriorados.
Facilita a lavagem de dinheiro,
E mercantiliza o mundo inteiro,
Para esnobação de pouca gente,
Insensível ao mundo padecente.
A obsessão pelo mineral dourado,
Denigre a natureza por todo lado,
Abusa de outros seres humanos,
E afugenta com terrores insanos.
Sobretudo o garimpo clandestino,
Manifesta um paradoxal desatino,
Na eliminação de milhões de vidas,
Já acuadas, doentes e esmaecidas.
No adorado ouro a causar fome,
Símbolo de um deus sem nome,
O mercúrio, sinônimo de morte,
É o agente da inominável sorte.
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