No mundo de aparências,
Objetivas malemolências,
Eclodem em sutis olhares,
E nos difusos entreolhares.
Tantos subgrupos fechados,
Cortantes como machados,
Produzem lascas de críticas,
Para suas forças monolíticas.
Nada importa o que passou,
Nem o que na vida ressoou,
Mas se é distinto e diferente,
Merece um trato indiferente.
Caso seja avançado na idade,
É visto pela vulnerabilidade,
Relegado à condição de lixo,
Ou simples enfeite de seixo.
Vale o aprumado e alinhado,
Que demonstra ser talhado,
Para proteger o gosto grupal,
Da firme solidez intragrupal.
Explícita apatia ao diferente,
Produz um clima decadente,
Que leva a buscar o amparo,
Que afaste do estado amaro.
A dor real precisa ser ocultada,
Para evitar a condição aviltada,
De indesejado lixo descartado,
Sem o valor real do seu legado.
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