sábado, 4 de fevereiro de 2023

DEUS OURO

 

 

O onipresente deus do ouro,

Com sua moral em desdouro,

Igual ao deus Moloch fenício,

Vibra com humano sacrifício.

 

Quer que mortes da oferenda,

Com sangue e perda horrenda,

De incontáveis seres inocentes,

Ampliem adoradores contentes.

 

Abre seu coração a adoradores,

E os agracia com ricos pendores,

Para constituírem elite poderosa,

Sobre a massa humana temerosa.

 

Clima arrogante e de prepotência,

Torna-se o troféu da indulgência,

Que assegura abençoada garantia,

Para vistosa e invejável mais-valia.

 

Como mineral fascina ambiciosos,

Para eternas benesses auspiciosas,

Com desfrute sobre a ralé humana,

E reserva de bebidas em barricana.

 

Abençoa a vista para não ver pobre,

Nem a degradação deste solo nobre,

Que partilharia moradia e alimentos,

Para bons e humanitários fomentos.

 

Tampouco veem fome e as doenças,

Causadas pelas suas afoitas crenças,

Porque a auto-atribuição redentora,

É garantida por deificação protetora.

 

Para os seus privilegiados seguidores,

Não importam blefes dos bastidores,

Pois, atos de genocídios e ecocídios,

São lixo desprezível nos fratricídios.

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