Incomparavelmente promovido,
Com publicidade de muito ruído,
Fervilham nos rituais da Ordem,
Espetacularizações que aturdem.
Amplas preparações ostensivas,
Com as insinuações persuasivas,
Elevam a Ordem acima da Terra,
Sob o verdadeiro grito de guerra.
Exalta-se o ordenando ao divino,
Mesmo se é mesquinho e cretino,
Para afirmar seu poder sacerdotal,
Colocado numa fantasia angelical.
Em cerimônias eivadas de teatro,
Com muito pano do solene atro,
Gera-se delírio em torno do herói,
Metido a vistoso e valente caubói.
Rituais que necessitam de horas,
Impregnados de fartas demoras,
Enaltecem os papéis secundários,
De ostensivos atos cerimoniários.
Detalhismo de ritos bajulatórios,
Reafirma nuances contraditórios,
De que o sacramento da Ordem,
É o antídoto de toda desordem.
Colocado em parâmetro angelical,
O ordenando se exibe excomunal,
E fala como autoridade superior,
Para promover o quadro inferior.
Mitizado como um raro sucesso,
Sequer percebe o pífio regresso,
Da objetiva tarefa da sua função,
Para o vistoso poder de injunção.
Exaltação sacramental da Ordem,
Reafirma que todos concordem,
Que ato dos demais sacramentos,
É menor no alcance dos intentos.
Apesar do fictício papel superior,
O sacerdócio não exala um valor,
A encantar ao suposto ministério,
E agregar-se a seu modo deletério.
Vasta ênfase ao rito de ordenação,
Diminui significado e consideração,
Dos demais sacramentos cristãos,
E de suas funções de concidadãos.
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