domingo, 17 de outubro de 2021

EGOS INFLADOS

 

 

Cada dia mais evidentes,

Sob os atritos estridentes,

Ascendem egos movidos,

Pelos interesses aturdidos.

 

Querem a superioridade,

Para estufar notoriedade,

Para um Eu reconhecido,

E largamente obedecido.

 

Caminho que mais infla,

E o que melhor arrufla,

É o de esnobar o poder,

Para as massas intender.

 

Importa título e imagem,

E aparência de coragem,

No mecanismo de medo,

Sob um submisso remedo.

 

Arma do poder centraliza,

Grande EU que se diviniza,

Em torno da superioridade,

Ainda que sem autoridade.

 

Autoridade desloca o foco,

E faz do outro um “in loco”,

Para manifestar reputação,

E apreço sem a ostentação.

 

Poder defende regra caduca,

E justifica a ambição maluca,

Para a acumulação própria,

Com a dominação imprópria.

 

Corrói os relacionamentos,

Disfarça com bons intentos,

Sem produzir cordialidade,

Com o respeito à alteridade.

 

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