sexta-feira, 31 de agosto de 2018

PIEDADES INÓCUAS




Quando as crises abalam,
Fundamentalismos exalam,
Saudades dos tempos idos,
Que já ficaram preteridos.

Sob o foco mágico das leis,
Mira-se a salvação de greis,
Com uma volta ao passado,
Como mais objetivo legado.

A absolutização de detalhes,
Atribuídas a divinos entalhes,
Justifica invenções humanas,
Para ações das mais sacanas.

Assim as idolatradas normas,
Molduradas por belas formas,
Viram armas muito perigosas,
Nas mãos de lideranças ciosas.

No culto da lei erigido centro,
Só é bom quem está dentro,
Do redil dos submissos cegos,
Para vaidade dos afoitos egos.

Nesta religião de aditamentos,
A manipular bons sentimentos,
Mata-se a atitude livre e calma,
Para impingir jugos sem alma.

A arrogância de impor jugos,
Expõe os perversos verdugos,
Com altivez nada libertadora,
A gerir barganha enganadora.





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