Distante da abnegação e
austeridade,
Todos almejam a leveza e a
facilidade,
Que possam diminuir esforço e
pesos,
Para a suavidade de contornos
ilesos.
Nada com regime austero e de
dureza,
Pois a sensação bem cotada é
moleza,
E o mínimo de movimentos e
esforços,
Para evitar toda insônia e os
remorsos.
Na digitalização que ameniza os
pesos,
Aparecem mais indiretos
contra-pesos,
Que vão além dos volumes
exagerados,
E saturam pelos de informes
digitados.
Obnubilados por nuvens de informação,
Os dedos polegares assumem a
direção,
E o cérebro vazio do poder
organizador,
Só gesta a fantasia de poder
devorador.
No inebriar-se dos ares das
informações,
Ajuntam-se calorias fora de
proporções,
E evadem-se os músculos da
flexibilidade,
Para deslizar nas gorduras da
inatividade.
O celular ocupa toda mente e o
coração,
Anelante por dedos sempre na
atenção,
Para acessar a ventania de
informações,
Que locupletem as inquietas
obsessões.
Na fluidez das constantes
informações,
A mórbida assimilação das
digitações,
Seduz para conectividade
progressiva,
Mas causa “infobesidade”
compulsiva.
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