quinta-feira, 9 de agosto de 2018

DIA DOS PAIS




Dos incontáveis sonhos acalantados,
Eclodem emoções por todos os lados,
De jovens que almejaram ser felizes,
E desandaram por diversos deslizes.

Como efeito persuasivo de ambientes,
Forneceu os necessários ingredientes,
Traíram os pactos firmados no fervor,
E cortaram os aprumos de novo alvor.

Belas motivações de generatividade,
Deram lugar a atos de agressividade,
E roeram a capacidade de comunhão,
Gerando conflitos em larga profusão.

Assim o dia que lembra paternidade,
Ativa a memória em farta saciedade,
Para insinuar consciência de fracasso,
Sem nenhum aconchego e sem regaço.

A dura resistência para não sucumbir,
Tão pouco acalanta para na vida subir,
Que insinua um desleal rumo e o vício,
Mas que alarga desandado estrupício.

É sublime celebrar um pai enobrecido,
Que transcendeu o ambiente recebido,
E alargou a sua dádiva única e genuína,
Para culminar em fonte alegre e divina.

Ainda melhor é poder frui-lo animado,
Com nove décadas de generativo legado,
E não vociferar nem mágoas e lamúrias,
Apesar de ter vivido tempos de penúrias.

Estar de bem, e satisfeito com sua vida,
Irradia clima de ternura engrandecida,
Que aponta para outro mundo possível,
E certeza da condição humana indizível.







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