Na incumbência de irradiar a beleza,
Da simplicidade de humana inteireza,
Escolhidos para o serviço edificante,
Tornam-se fonte bem decepcionante.
Uns são feitos meros
administradores,
Outros se arvoram radicais
opositores,
E enquanto nadam na auto-afirmação,
Tornam-se reféns de vulgar
contradição.
Longe de alargar a genuína
gratuidade,
Produzem arbitrariedades à
saciedade,
Presos na observância exterior das
leis,
E insensíveis ao abandono de suas
greis.
No tirocínio humano-afetivo
limitado,
Sobressai primário e elementar
legado,
Dos traumas ativos de antigas feridas,
Que lhes absorvem as forças
queridas.
Embora movidos por desejo de brilho,
Não dão os passos no projetado
trilho,
Que poderiam curar as alheias
feridas,
Das tantas vidas humanas denegridas.
O mundo dos humanitários pendores,
Esvaído do consolo dos seus valores,
Enche os arautos dos nobres desejos,
Com fétidos odores sem os bons ejos.
Como já não acham a fonte de Jesus,
Encontram tanta droga que os seduz,
Pois, só sorvem a água contaminada,
Da insinuação vulgar e desencantada.
Impregnados das mesmas violências,
Das banais e degradadas indecências,
Perderam a fala mansa e a humildade,
E berram rezas de conquista e
vaidade.
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