domingo, 22 de outubro de 2017

ETERNOS PROTELADORES



Da marca cultural de fluidez,
Aparece robusta insensatez,
Da irremediável protelação,
Que tanto mal faz à nação!

Como fluídos a esgueirar-se,
Querem de tudo inteirar-se,
Sempre dispostos a efetuar,
Qualquer coisa para bajular.

Fixos no alcance do sucesso,
Em nada aceitam retrocesso,
Do imagético perfeccionista,
De um perfeito protagonista.

Em tudo protelam boa ação,
E sabem justificar a intenção,
Presa na inércia burocrática,
Da sinecura de ação prática.

Usura, sovinice e a avareza,
Sustentam a astuta afoiteza,
De protelar com a hipocrisia,
O que delegam à hipostasia.

Sob um hábito incorporado,
Sonham com belos legados,
Jogados à inercia do tempo,
E à traição do contratempo.

Alargam a tática protelatória,
Com medos de perder a glória,
De serem julgados imperfeitos,

Sob a falácia dos seus defeitos.

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