Quando longos dias não acalmam o
espanto,
Do desenrolar dum progressivo
desencanto,
Nem a superação tão cegamente endeusada,
Consegue firmar uma vereda menos
abusada.
Se a reação terrorista é revide da
prepotência,
E em nada se sensibiliza para gestar
clemência,
Some-se o lugar seguro da segurança e
da paz,
E se esboroa a democracia, já sem
ação eficaz.
Restrita ao discurso eloquente da
resignação,
A democracia, já incapaz de boa
proposição,
Desanda na contraditória rota do
penhasco,
Que aponta o derradeiro histórico de
fiasco.
Tornada meio para acobertar e não
desvelar,
Indica que o muito e o quanto devia
revelar,
Fica na vaga saudade de um tempo
passado,
Que deixou vasta fartura de um triste
legado.
Resta sonhar com uma esperança
bimilenar,
De que o desarmamento pode
proporcionar,
Uma revalorização da benfazeja
cordialidade,
Capaz de gestar mais acolhimento e
caridade.
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