terça-feira, 21 de abril de 2015

Terapeutas enfermas



Nada tão sedutor, nos tempos de crises,
E de perplexos pasmos diante de valores,
Do que ditar especiais caminhos felizes,
Para devolver bons e ancestrais vigores.

Fácil como a ascensão ao poder da cura,
É a queda das presumidas superdotadas;
Que, mesmo acima do mal da vida dura,
Vacilam quando não se vêem bajuladas.

 Ocupam-se com disputas por precedência,
Distantes de exalarem os poderes divinos,
Pois, na obcecada busca de benemerência,
Encontram concorrentes dos mais felinos.

No suposto poder de cura e libertação,
Do divino espírito, concessão especial,
Aspiram êxitos da mais alta exaltação,
Para alargar extenso lastro referencial.

Cruel é constatar seu dia-a-dia de brigas,
Das mais variadas e sorrateiras intrigas,
Que longe dum itinerário de conversão,
Perpetram as querelas da malversação.

Nas afirmações autoritárias e categóricas,
Longe de soltar os milagres proclamados,
Vivem o efeito de mágoas nada retóricas,
Com muitas ameaças de divinos recados.



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