Como gregos no período da decadência,
Muitos inteligentes, espertos e
astutos,
Cultivam belas fantasias, sem
decência,
Para garantir os interesses mais
argutos.
Ao falarem das sobrenaturais
estratégias,
Asseguram-se nas condições
privilegiadas,
Do direito de legislar as condições
régias,
E inebriar-se em ambições
desmesuradas.
A ação divina, favorável apenas aos
ricos,
Dissimulada pelas superstições e
medos,
Impregna a vida de formalismos
mágicos,
No pretexto de acessar divinos
segredos.
Nas tragédias explicadas pela
adivinhação,
Se desperta um vasto formalismo
religioso,
Que repetido para obter melhor
condição,
Termina em protelação do elementar
gozo.
No antropomorfismo atribuído aos
céus,
O Deus odioso e vingativo se intromete,
E tira a alegria dos empobrecidos
réus,
E tudo protela do que dele se promete.
O pavor diante de forças
sobrenaturais,
Permite a espertos pensar, dizer e
fazer,
Tudo para favorecer ambições
colossais,
Como bênçãos que os levam a bendizer.
Enquanto nos pobres fenecem as
alegrias,
Os aristocratas se exaurem na
acumulação,
E a festejam em sofisticadas e ricas
orgias,
Imperturbáveis ao itinerário da
população.
Os espertalhões da fala dos divinos
poderes,
Na aplicação das leis com múltiplos
deveres,
Sabem reproduzir os prazeres
aristocráticos,
E deixar pobres trabalhadores mais erráticos.
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