sexta-feira, 11 de agosto de 2023

TRAVESSIA

 

 

Na canoa tão insegura,

Da mente que fulgura,

Com a outra margem,

Medos fitam miragem.

 

Sem os deslocamentos,

Perecem bons alentos,

Do alcance de sentido,

Dum anseio incontido.

 

Numa margem segura,

As ondas da diabrura,

Também abalam a fé,

Do fogo sem chaminé.

 

Ameaças e tormentos,

Tremulam estamentos,

E suas ondas gigantes,

Abalroam, arrogantes.

 

Some calma e controle,

Sem que algo extrapole,

Nos rumos desandados,

Bons ventos inusitados.

 

Fidelidade ao propósito,

De um valioso requisito,

Da firmeza na condução,

Lida com ventos na ação.

 

E deixa levar toda fixidez,

Das ideias duras da aridez,

Para fitar a outra margem,

Prevendo inovada aragem.

 

Na ancoragem prolongada,

A canoa pode ficar furada,

E impedir que as amarras,

Se soltem das gambiarras.

 

A admissão de ser levado,

Por um vento desandado,

Requer acuidade na lida,

A buscar o novo da vida.

 

Medo de andar no vento,

Sem amarras ao advento,

Das outras tempestades,

Levará a novas amizades.

 

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