Séculos de identidade definida,
Numa concepção empedernida,
Deslocam imagem exponencial,
Rumo à irrelevância credencial.
Feito exótico animal anacrônico,
Sua fala de estranho antagônico,
Faz dele um divisor de ambiente,
Tolerado como o inconveniente:
Suspeitas ao brincar com criança,
Aguçam as censuras de confiança,
E quando se aproxima de adultos,
É observado pelos riscos estultos.
Sabe que vontade de ser próximo,
O coloca como suspeito máximo,
Pelos reais riscos que representa,
Para um papel de imagem isenta.
Precisa equilibrar-se num ditame,
Entre religioso e sagrado certame,
Com a rara capacidade dialogante,
Na vida isolada de pessoa distante.
Move-se no modelo padronizado,
Artificial dum arquétipo moldado,
Ineficaz como funcionário sagrado,
E muito estranho como consagrado.
Situado entre a pedra e o martelo,
Constata-se frágil para ser singelo,
Porque é cobrado numa ortodoxia,
E feito irrelevante na heterodoxia.
Assim, seu desejo misericordioso,
E sua alegria para o sublime gozo,
Não repercutem a compassividade,
Nem crescimento da sinodalidade.
Sua palavra sem força de ser dom,
Não difunde tão desejado shalom,
E falar sobre Deus afasta ouvintes,
Que geram desagradáveis acintes.
Até desejo de ser irmão próximo,
Distancia-o como sem préstimo,
E refúgio no mundo do silêncio,
Enfraquece razão do seu anúncio.
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