domingo, 23 de janeiro de 2022

AMIGA SOLIDÃO

 


Do bulling da antiga recordação,

Seguiu-se a pecha da rotulação,

Para acuar o vivente agachado,

Incapaz ante afronte ultrajado.

 

O âmago da sua personalidade,

Emite ruído vazio de lealdade,

E pouco registro de real valor,

Como digno de gratuito amor.

 

Sobreviveu pelo estranho ideal,

De encontrar um ambiente leal,

Para fruir e partilhar seu mundo,

E encontrar bem-estar profundo.

 

No rol de existir pela produção,

Cresceu eficiente na profissão,

Mas sucumbiu na adversidade,

De empedernida religiosidade.

 

Pelas memórias rechaçadoras,

Suas forças nada animadoras,

Vislumbram somente a solidão,

Como parceira fiel da sequidão.

 

Escuta e não dá alguma ordem,

Nem liga para os que aturdem,

E respeita o real mundo vivido,

Com todo seu contorno lívido.

 

Não moraliza e nada condena,

E sua presença vívida e serena,

Assimila tudo e nada alardeia,

Mas é aquela da velha paidéia.

 

Escora bons valores cultivados,

E encanta para novos legados,

Que da vida possam aparecer,

E apontar o novo amanhecer.

 

 

 

 

 

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