Quanto ao seu passado,
Teria relato condensado,
Como credencial valioso,
Para o desfrute de gozo?
Nesta dura sina da vida,
Também fica preterida,
Toda a causa idealizada,
Para vida reta e ilibada.
Nem obras e nem gestos,
Tampouco atos honestos,
Pesam na ação julgadora,
Para uma lida agregadora.
Do efeito das impressões,
Dos que indicam direções,
Sobe a voz da autoridade,
Com suposta sinceridade.
Pesa somente a utilidade,
E nada da especificidade,
Para execução de tarefas,
Com estabelecidas blefas.
O que assegura a função,
É aquela rígida abjunção,
Do agrado para o deleite,
Em vista do belo enfeite.
Se não prolifera agrados,
Recebe indiretos legados,
De impróprio para função,
E é cobrado para remoção.
A ninguém interessa saber,
Do quanto fez enternecer,
A vida em dores profundas,
De derrotas nauseabundas.
Como um lixo é descartado,
Sem a memória do passado,
E já relegado ao ostracismo,
É apenas velho sem batismo.
Nada do memorial saudoso,
Do tempo de perfil vigoroso,
Para uma elevação humana,
De solidariedade que irmana.
Fadado a subsumir como lixo,
Sobra-lhe só o subjetivo nicho,
De rememorar para a solidão,
O quanto fez com sua aptidão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário