domingo, 16 de janeiro de 2022

ADORADO AGRO

 


Filho nobre da tecnologia,

Esperado sob rara euforia,

Nasceu do encantamento,

Para a fartura de alimento.

 

Cresceu em clima dengoso,

Pelo potencial portentoso,

De suprir toda humanidade,

Com produtos de qualidade.

 

Despertou virtuais ambições,

Para interesseiras conjunções,

Que na imposição das normas,

Avançou para incríveis formas.

 

Com a extraordinária produção,

Fome e miséria não caíram não,

Mas, empoderou a elite ricaça,

Que vê os pobres com chalaça.

 

No afã de farta superprodução,

Desbravou-se com bela sedução,

Avanço sobre o meio-ambiente,

Para acumular com unha e dente.

 

Poucos ricos no topo do mercado,

Barganham tudo para seu legado,

Enquanto a natureza em desordem,

Anarquiza sádica a moderna ordem.

 

A força bruta de vastos cataclismas,

Vai derrubando as adoradas cismas,

Do progresso ilimitado e progressivo,

E escancara um falso agir inofensivo.

 

O preço de espaços abertos a viroses,

Sequer acorda as humanas escleroses,

Para ativar bom-senso com a natureza,

E afinar-se com ela na melhor inteireza.

 

 

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