Quando criança começa a andar,
Algo novo desperta o demandar,
E a mobiliza para deslocamento,
Em vista dum inusitado intento.
Em passos de humana sabedoria,
Quando se deseja real melhoria,
Os passos saem lentos e frágeis,
E com o tempo se tornam ágeis.
Incontáveis ordens e insinuações,
Promulgam reiteradas aspirações,
Para plena felicidade consumista,
Com bela propugnação otimista.
Exploram a válvula da sexualidade,
E a enaltecem à máxima felicidade,
Como o único e necessário projeto,
Ao ser humano em exitoso trajeto.
Ocultam na indução à dependência,
Toda a vasta alienação na dolência,
Que ceifa as vidas na flor da idade,
E não alarga sentido de alteridade.
Morrem indolentes na juventude,
E revelam cedo a sua decrepitude,
Porque cegos para boas dimensões,
Que lhes apontariam básicas opções.
Assim, nos sonhados passos de vida,
Fenecem de forma a mais denegrida,
Sem apostar em suas virtualidades,
E sequer caminhar com qualidades.
Experimentam tudo antes do tempo,
E só caminharam num passatempo,
Que os viciou na pornografia abjeta,
Sem desconfiar da direção concreta.
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