sábado, 19 de junho de 2021

MARGENS

 


De rios e de estradas,

De divisas e fachadas,

Favorecem ambientes,

Nas elisões diferentes.

 

Delimitam os mundos,

Dos irados iracundos,

E dos favorecimentos,

De ocultados intentos.

 

Antagonizam grupos,

E extremizam apupos,

Para firmar exclusões,

E impingir rotulações.

 

Enquadram fronteiras,

E controlam suas eiras,

Para obter aprovação,

E alargar a obstinação.

 

Relativizam o acerto,

E temem desconcerto,

De eventuais rupturas,

Das boas conjunturas.

 

Evitam assumir o erro,

E pagá-lo com enterro,

Dos direitos desejados,

Ou castigos indesejados.

 

Justificam uma proteção,

Contra eventual delação,

A pedir responsabilidade,

Ante à explícita maldade.

 

Separam sob ideologias,

As religiosas teimosias,

Pela primazia do certo,

Com desejo encoberto.

 

Traem duras verdades,

Que tolhem liberdades,

E são sutis e falaciosas,

Para ações enganosas.

 

Enquadram o ambiente,

Contra o que é diferente,

Para garantir a proteção,

Contra adversa oposição.

 

Apontam outros rumos,

Para inovados aprumos,

Diante do rotineiro agir,

Perito em tudo denegrir.

 

 

 

 

 

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