Pautado pela teologia do pano,
Vive metido a viciado chapano,
Que adora sua própria imagem,
E vive desta delirante miragem.
Impecável com os paramentos,
Dos tresloucados ornamentos,
Ostenta-se delirante e airoso,
Para enaltecer seu ar garboso.
Na sua requintada eloquência,
Dilatada na soberba eminência,
Desmancha-se nas afirmações,
Para as categóricas insinuações.
A vaidade sobressai evidente,
Em todo e distinto ambiente,
E sempre se coloca no centro,
Para aparecer como epicentro.
Com um sorriso escancarado,
Remete olhar para todo lado,
Almejando granjear simpatia,
E aparentar refinada empatia.
Muito rubricista e minucioso,
Revela-se perfeccionista cioso,
E vive cobrando falhas alheias,
Como se as visse de açoteias.
Reclama das pequenas gafes,
Que atrapalham seus estafes,
E diminuem a sua imagética,
Da rara grandeza hipotética.
Carece, todavia, de humildade,
E da noção de sua faculdade,
De ser um discípulo servidor,
E não um egolatra inquisidor.
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