segunda-feira, 19 de outubro de 2020

MEMÓRIA RELAPSA

 

Na espiral dos acontecimentos,

Alegrias e os constrangimentos,

Misturados numa centrifugação,

Soltam nesgas de bondosa ação.

 

Lembrança de gestos marcantes,

E das palavras muito edificantes,

Alargam a espiral dos encantos,

E suavizam ardidos desencantos.

 

A saudade de olhares vicejantes,

Permeados de mundos anelantes,

Atualiza na genuína cordialidade,

O grandioso milagre da bondade.

 

Pena que na distância esmorece,

Toda riqueza que a vida aquece,

Para ter mais assunto edificante,

Que raiva e memória frustrante.

 

Sinal dado por amigos e amigas,

Ocupa o lugar de velhas intrigas,

E enche o espaço das memórias,

Com sublimes razões de glórias.

 

O bombardeio das informações,

Invade até as frestas das noções,

E apaga indeléveis recordações,

E as substitui com novas ilusões.

 

Resta mundo de pouca memória,

Para equilibrar a ação vexatória,

Que idealiza na combatividade,

A superação de toda a amizade.

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