quinta-feira, 1 de outubro de 2020

PERIFERIAS EXISTENCIAIS

 


                                               

                                                       Reduzidas à indiferença,

Pela centralizada crença,

Periferias tão relegadas,

Sobrevivem ignoradas.

 

Sem máscaras vistosas,

Desvelam reais prosas,

Sem esconder desejos,

Dos lídimos lampejos.

 

Forçadas à dura sorte,

Sob pruridos de morte,

Precisam mirar beleza,

E andejar na pobreza.

 

Vendo ricos deleitados,

Nas fortunas e legados,

Devem lidar com o real,

Do limite nada surreal.

 

Pouco auto-centradas,

Fito das ricas camadas,

Trabalham e festejam,

E na bondade vicejam.

 

Condição humana negada,

Sob a opulência afamada,

Afronta a sua dignidade,

E tolhe a sua liberdade.

 

Ricos na sua quarentena,

Pensam o que concatena,

Para fruir dos relegados,

Mais reservas e legados.

 

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