Usado mais que outros termos,
Perpetra milhões de enfermos,
Desnuda uma obsessão social,
E descortina uma crise crucial.
Doida economia de mercado,
Revela seu enfadonho legado:
Roubou o valor da existência,
Sem amparo e sem clemência.
Engoliu a união e cooperação,
Com extrativismo e poluição,
E as ambições com desatinos,
Revelam seus modos cretinos.
Sob isolamento não desejado,
Escancara contraste enojado,
Da opulência sobre a pobreza,
Com perda da
lídima inteireza.
Mostra que na utopia
digital,
Cego progresso
linear é fatal:
Com interativo
envolvimento,
Faz da vida o
triste desalento.
Distrai bem a
todo instante,
Com a novidade
incessante,
E gera alteridade
sem rosto,
Que faz história
de desgosto.
Camufla conflitos
evidentes,
E repete mentiras
insistentes,
Para tornar-nos
robôs felizes,
Que não olham
seus deslizes.
A escravidão da
vida online,
Faz com que cada
ser rumine,
No “cocô” da vida
sem graça,
Dureza cotidiana
da mordaça.
Sob os operadores
da história,
Que apagam nossa
memória,
Guiados pelo
cabresto digital,
Vivemos neste
mundo capital.
Ele corta os
abraços e os beijos,
Desvirtua festas
e os gracejos,
E espolia toda
dor das mortes,
E a memória dos
seus aportes.
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