quarta-feira, 8 de julho de 2020

O FALADO COVID-19


 

Usado mais que outros termos,

Perpetra milhões de enfermos,

Desnuda uma obsessão social,

E descortina uma crise crucial.

 

Doida economia de mercado,

Revela seu enfadonho legado:

Roubou o valor da existência,

Sem amparo e sem clemência.

 

Engoliu a união e cooperação,

Com extrativismo e poluição,

E as ambições com desatinos,

Revelam seus modos cretinos.

 

Sob isolamento não desejado,

Escancara contraste enojado,

Da opulência sobre a pobreza,

Com perda da lídima inteireza.

 

Mostra que na utopia digital,

Cego progresso linear é fatal:

Com interativo envolvimento,

Faz da vida o triste desalento.

 

Distrai bem a todo instante,

Com a novidade incessante,

E gera alteridade sem rosto,

Que faz história de desgosto.

 

Camufla conflitos evidentes,

E repete mentiras insistentes,

Para tornar-nos robôs felizes,

Que não olham seus deslizes.

 

A escravidão da vida online,

Faz com que cada ser rumine,

No “cocô” da vida sem graça,

Dureza cotidiana da mordaça.

 

Sob os operadores da história,

Que apagam nossa memória,

Guiados pelo cabresto digital,

Vivemos neste mundo capital.

 

Ele corta os abraços e os beijos,

Desvirtua festas e os gracejos,

E espolia toda dor das mortes,

E a memória dos seus aportes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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