Arfamos na expectativa,
Por uma vacina lenitiva,
De eficiente terapêutica,
Sem irritante maiêutica.
O ator da nova pandemia,
Remete a antiga endemia,
Que já ceifou tantas vidas,
De criaturas tão queridas.
A memória acorda fatos,
Adormecidos sob relatos,
E povoa vasto imaginário,
Com o símbolo ordinário:
Largos medos do sintoma,
Indicam categórico axioma,
Dos variados outros medos,
Reprimidos como segredos.
A ação do temido contágio,
Produz estranho apanágio,
Que a normalidade da vida,
Não vê no cotidiano da lida:
Somos seres tão vulneráveis,
Que os atavismos herdáveis,
Perderam a espiritualidade,
Para resistir na calamidade.
As fracas razões para existir,
Diariamente ficam a insistir,
Na esconjuração da morte,
Que não afasta fatal aporte.
Sem resistências espirituais,
Os fluxos de sistemas virais,
Mesmo sob medicina eficaz,
Vencem o desejo perspicaz.
A vitória sobre uma virose,
Não nos isenta da psicose,
Das reais ameaças bélicas,
E fanatizações psicodélicas.
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