segunda-feira, 13 de abril de 2020

CORONA





Quando o bichinho tão invisível,
Centraliza medos do desprezível,
Percebe-se nele a potência sutil,
Mais forte que prepotência viril.

O vasto potencial de extermínio,
Alarga-se e aumenta seu domínio,
Sobre a cega ambição capitalista,
E a esfalfa na sua visionária pista.

No grande poder das metrópoles,
Revela-se uma eira de necrópoles,
Em que montes humanos exalam,
Os odores fétidos que se propalam.

Fenecida a prepotência arrogante,
De tanto cego e abjeto mandante,
Ressurge a ação humilde e cordial,
Compassiva e solidária, sem igual.

Em desvelo pela salvação de vidas,
Derrubam-se as guerras fratricidas,
E arsenal mortífero de armas letais,
Revela os humanos desvarios vitais.

O esmilingüido Corona fala tão forte,
Quanto pomposo e tecnológico aporte,
E obriga a revisar as procrastinações,
Que tanto mataram entre as nações.

No suplício do sufoco da falta de ar,
 Até os insensíveis verdugos de matar,
Fraquejam e morrem sem o sustento,
Da espoliação que lhes auferiu alento.

Neste isolamento pela sobrevivência,
Clama e ressoa uma nova iminência:
No lado humano, cordial e solidário,
Destaca-se altaneiro um novo erário.

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