Enquanto o medo da
virose,
Ameaça mais que a
cirrose,
A defesa contra o
contágio,
Revela ambíguo
apanágio:
Proteger os bens ou
salvar-se,
Apelar à sorte ou resignar-se.
Um anelo vigoroso pela
vida,
Acalanta uma fé enternecida.
No suporte da fé para o
além,
Com um amparo que faz
bem,
Espero das canções e
das falas,
Mais que as
moralizações ralas.
Queria ouvir um canto
religioso,
Sem ordens do estilo
fastigioso,
Com verbos na terceira
pessoa,
E no “faça” o termo que
ressoa.
Que na experiência
elaborada,
Eu defronte porta
escancarada,
Para efetuar boa imagem
divina,
Não vinda de insinuação
cretina.
Que a imagem do Deus
bondoso,
Alargue em mim o
maravilhoso,
De um Deus além das
imagens,
O velho e duro nas espionagens.
Longe de condenação e
inferno,
Espero um compassivo e
terno,
Que dá razão aos dias
de graça,
E aponta para além da
desgraça.
A novidade de genuínos
valores,
Possa alargar humanos
pendores,
Para a reelaboração das
afeições,
Que ultrapassam sofridas
feições.
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