quarta-feira, 16 de maio de 2018

FOFOCAS




Doces como as frutas saborosas,
Atrativas como paixões radiosas,
Enfeitam o clima por toda parte,
Sempre com o inusitado aparte.

                                           No detalhe da última grandeza,
Está sempre a refinada sutileza,
De alguma suposição plausível,
A indicar um alcance indizível.

Cochichada no vão do ouvido,
A inverdade gera seu prurido,
Para mesclar fantasia ao real,
E tornar o fato muito surreal.

No anseio do muito desejado,
Cria-se o farto e belo legado,
De promulgações imaginárias,
Para façanhas extraordinárias.

O desejo fica bem misturado,
E produz o belo emaranhado,
Para uma história grandiosa,
Com perspectiva prodigiosa.

O apelo insistente ao segredo,
Bem acima de qualquer medo,
Indica todo o lábil argumento,
Que não assegura bom intento.

Nos olhares bem arrebitados,
Focados para todos os lados,
Brilha na frágil consistência,
Foco de nova inconsequência.

Persiste no vivente enganado,
O humor todo desengonçado,
A carecer de uma regulagem,
Para recriar inovada imagem.




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