O encantamento das incontáveis
tonalidades,
Das folhas verdes a reluzir de modo
atraente,
Faz da densa floresta de secretas
beldades,
Persuasiva sedução por algo
comovente.
A suave movimentação da verde
fachada,
Convida a adentar-se para maior
fruição,
Mas desperta a emoção, tão acanhada,
E a envolve numa insegura agitação:
Quantas sucuris e onças esfaimadas,
E as grandes antas em polvorosa,
Ou as muitas bravas queixadas,
Ali esperam refeição gostosa?
O medo só permite atento olhar,
Dos encantos da bela fachada,
E inibe até o sutil desfolhar,
Do que excede a beirada.
Se o manto verde seduz,
Para algo que avança,
A mente segue a luz,
Da desconfiança.
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