Prometeu, segundo lenda grega,
Sob um interesse todo espriega,
Catou o fogo do Zeus superior,
E o delegou ao humano inferior.
Da ação poderosa veio arrogância,
Que alimenta a humana ganância,
E deglute os seres e plantas vitais,
Para morrer em vaidades pessoais.
Alastra todo dia fogo contra seres,
Carbonizados por pérfidos poderes,
Da tecnocracia colonial espoliadora,
Que quer lucro da colheita sugadora.
Adoram cego sumiço das florestas,
Para espaço de proteínas molestas,
Que rendem as fortunas financeiras,
E elevam vangloriosas empreiteiras.
O presente prometeico a humanos,
Virou arma para tantos desenganos,
Que vomita fogo através das armas,
E deixa morte e condições enfermas.
Não importa o estado febril da terra,
Nem morte que por todo lado berra,
Mas, obsessão no consumo ilimitado,
Em que o fogo deixa tudo devastado.
Secas e queimadas no norte
brasileiro,
Soltam fumaça tóxica no Brasil
inteiro,
Mas sem mudar os hábitos e as praxes,
Nem evitar degradantes ecologias
lixes.
Agressão à natureza e à saúde de
seres,
Tão essenciais aos humanos
caracteres,
Alastra-se contra a sacralidade
humana,
Para engrandecer riqueza megalômana.
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