quinta-feira, 19 de setembro de 2024

POLUIÇÃO DO AR

 

 

A saudade do ar oxigenado,

Cede lugar a clima ominado,

Que obriga a vasta natureza,

A respirar o ar da impureza.

 

Agente causador da poluição,

É anônimo poder de ambição,

Que não vê efeito do carbono,

E alastra a morte como abono.

 

O incêndio criminoso se amplia,

Espalha ar poluído sem cortesia,

E aufere à Amazônia a titulação,

De campeã mundial da poluição.

 

Foco pervertido da monocultura,

Exulta com eucalipto de bravura,

Para suprir caldeiras siderúrgicas,

Que abasteçam as metalúrgicas.

 

Conhecido como vampiro da água,

O eucalipto tão adorado deságua,

Na desertificação das ricas terras,

E expropria para cantar de serras.

 

Doença febril por larga mineração,

Depreda biomas e a sua condição,

Sem legislação capaz de obstruir,

E sem mobilização para abstruir.

 

Aprender dos povos originários,

Ajudaria aos agentes arbitrários,

A viver no respeito com a mata,

Para cuidá-la de forma sensata.

 

Preservação do meio-ambiente,

Permitirá um caminho decente,

Para que o ar oxigene o pulmão,

E conduza vitalidade ao coração.

 

 

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

CRISE CLIMÁTICA

 

 

Assunto irrelevante para o agro,

A crescer sem resultado magro,

Não perturba mente ambiciosa,

Nem provoca reação polvorosa.

 

                                                         O êxito da ambiciosa economia,

Requer uma particular isonomia,

Favorável ao largo crescimento,

Para um espantoso rendimento.

 

Farta riqueza para alguns poucos,

Produz levas mudas de amoucos,

Que sonham com sorte dos ricos,

E fruem pobres efeitos entéricos.

 

A falsa hipótese de um equilíbrio,

Move uma economia de opróbrio,

E fere mortalmente o nosso clima,

Com a degradação da auto-estima.

 

Avanço do agro requer fogo na mata,

E sem se importar com a tática pirata,

Sequer admite postura dum respeito,

Ao eco-sistema em seu sereno preito.

 

O desenvolvimentismo não vê bioma,

Mas só o que se enquadra na redoma,

Das colheitas ampliadas e mui fartas,

Mesmo provocando ecologias mortas.

 

Os recordes de temperaturas elevadas,

E efeitos das áreas de terra sublevadas,

Permitem inalar apenas fumaça tóxica,

Causada por insensibilidade sarcástica.

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

FOGO PODEROSO

 

 

Prometeu, segundo lenda grega,

Sob um interesse todo espriega,

Catou o fogo do Zeus superior,

E o delegou ao humano inferior.

 

Da ação poderosa veio arrogância,

Que alimenta a humana ganância,

E deglute os seres e plantas vitais,

Para morrer em vaidades pessoais.

 

Alastra todo dia fogo contra seres,

Carbonizados por pérfidos poderes,

Da tecnocracia colonial espoliadora,

Que quer lucro da colheita sugadora.

 

Adoram cego sumiço das florestas,

Para espaço de proteínas molestas,

Que rendem as fortunas financeiras,

E elevam vangloriosas empreiteiras.

 

O presente prometeico a humanos,

Virou arma para tantos desenganos,

Que vomita fogo através das armas,

E deixa morte e condições enfermas.

 

Não importa o estado febril da terra,

Nem morte que por todo lado berra,

Mas, obsessão no consumo ilimitado,

Em que o fogo deixa tudo devastado.

 

Secas e queimadas no norte brasileiro,

Soltam fumaça tóxica no Brasil inteiro,

Mas sem mudar os hábitos e as praxes,

Nem evitar degradantes ecologias lixes.

 

Agressão à natureza e à saúde de seres,

Tão essenciais aos humanos caracteres,

Alastra-se contra a sacralidade humana,

Para engrandecer riqueza megalômana.

 

 

 

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

PODER DO DESEJO INSANO

 

 

Como o colonialismo tradicional,

De traço desumano e irracional,

Dizimou multidões de humanos,

Rege ambição doente de insanos.

 

Pilhagem por energia de transição,

Segue invadindo áreas de atração,

Sem respeito aos povos indígenas,

Vorazes em ambições draconígenas.

 

Avançam sobre os povos indefesos,

E espoliam com argumentos ilesos,

Mesmo causando miséria e morte,

Para possessão de sonhado aporte.

 

Fome chinesa por grafite e cobalto,

Ao lado do lítio para grande assalto,

Ignora povos indígenas e seu legado,

Sem os direitos ao seu lugar sagrado.

 

A luta insana de desejo acumulador,

Colocada acima do humano pendor,

Relega-o como um lixo descartável,

Para a sua ação hipócrita detestável.

 

Os idílios acalantados por minerais,

Driblam leis para atalhos colaterais,

Para polpuda vantagem econômica,

De prejuízo à população endêmica.

 

Sequer importa um céu encharcado,

Por fumaça tóxica de qualquer lado,

Mas, adora-se a consciência colonial,

Da histórica gana por posse triunfal.

domingo, 1 de setembro de 2024

SAFRA DE AR TÓXICO

 

 

O esperado início da primavera,

Apresenta um clima de quimera,

Que sufoca com a fumaça tóxica,

E mata de desnutrição anoréxica.

 

Importa expandir desmatamento,

Para muito boi e ambicioso alento,

Mortal para o rico Éden da floresta,

E insensível na degradação molesta.

 

Interesses especulativos perversos,

Engolem o respeito a seres diversos,

E avançam sobre cobertura vegetal,

Para uma lucratividade monumental.

 

Como o Éden do planeta é fundiário,

Promulga o deus do fogo incendiário,

Na ordem capitalista do crescimento,

Mesmo com um humano detrimento.

 

Se até as verbas e financiamentos,

Do oficial estímulo de provimentos,

Alarga a noção desenvolvimentista,

Adora-se status da elite pragmatista.

 

Se o país inteiro inala o ar intoxicado,

A sonhar com colheita de bom grado,

Precisa amargar a degradação da vida,

E suportar duro definhamento suicida.

 

A vaidade da acumulação financeira,

Longe da elevação humana altaneira,

Mata o valioso estilo da proximidade,

E aumenta o sofrimento à saciedade.

 

A idolatria do vasto êxito financeiro,

Emerge como inigualável arruaceiro,

A gerar decrepitude da humanidade,

Sem salvar, ou elevar sua qualidade.

 

 

 

 

<center>POLUIÇÃO DO AR</center>

    A saudade do ar oxigenado, Cede lugar a clima ominado, Que obriga a vasta natureza, A respirar o ar da impureza.   Agente ca...