segunda-feira, 11 de abril de 2022

REATÂNCIA COM O PARAÍSO

 

 

Perdido ou deslocado para o futuro,

Está subsumido neste caos imaturo,

E sem ele, perdemos gradualmente,

O vínculo com natureza e ambiente.

 

Sem respeito a múltiplos sistemas,

Produzem-se perversos emblemas,

Para esgotar as parcas fontes vivas,

Em vista de avarentas prerrogativas.

 

Economia já opositora da sociedade,

Financeirizou numa larga saciedade,

O favorecimento dos super-ricaços,

Para rechaçar pobres em fracassos.

 

Ideologia de crescimento ilimitado,

Vetusta patranha do livre mercado,

Protela sob o bom nível econômico,

A depauperação do pobre endêmico.

 

Sem projeto de cooperação solidária,

Multidões guiadas na espera lendária,

Não fruem nada da promessa futura,

E apenas sonham com variada fartura.

 

Enquanto humano vira instrumento,

Para um vertiginoso enriquecimento,

Degrada-se a tão sonhada dignidade,

Para uma paradisíaca solidariedade.

 

O sumiço do respeito pelo humano,

Alarga ameaça de paranóico insano,

De adorar suas armas de destruição,

E moer convivência de boa fruição.

 

Um paraíso humano também requer,

Não política para interesse qualquer,

Mas que visa um fim social comum,

Integrador do belo paraíso incomum.

 

 

 

 

 

 

 

 

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