sábado, 27 de março de 2021

GUERRA SORRATEIRA

 

 

Mais do que gripezinha sovina,

E apologia de defesa patavina,

Invasor não captado por radar,

Se desloca livre e solto pelo ar.

 

Movido por alcance de sangue,

Sem fuzis e sem bumerangue,

Vence a tecnologia das armas,

E as grandiloquentes alarmas.

 

Relega os tanques e couraças,

As insinuações com ameaças,

E entra de fininho no pulmão,

Para arregaçar até o coração.

 

Pervaga cérebro e entranhas,

E domina as ideias patranhas,

Para implantar a sua bandeira,

Sobre o corpo humano na eira.

 

No seu potencial de letalidade,

Irreverente com a humanidade,

Debocha dos gastos em guerra,

E aponta a hegemonia na Terra.

 

Se não fulmina o pobre vivente,

Deixa-o ensandecido e doente,

Que nas sequelas arrasadoras,

Gera emoções desesperadoras.

 

No limiar da condição humana,

Acorda dilema que não engana,

Solta toda a angústia e a agonia,

E subverte o corpo pela atonia.

 

Debocha da humana condição,

Que só pensa em acumulação,

Ignorando a cega precedência,

Que a mobiliza pela aparência.

 

 

 

 

 

 

 

 

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