Mais do que gripezinha sovina,
E apologia de defesa patavina,
Invasor não captado por radar,
Se desloca livre e solto pelo ar.
Movido por alcance de sangue,
Sem fuzis e sem bumerangue,
Vence a tecnologia das armas,
E as grandiloquentes alarmas.
Relega os tanques e couraças,
As insinuações com ameaças,
E entra de fininho no pulmão,
Para arregaçar até o coração.
Pervaga cérebro e entranhas,
E domina as ideias patranhas,
Para implantar a sua bandeira,
Sobre o corpo humano na eira.
No seu potencial de letalidade,
Irreverente com a humanidade,
Debocha dos gastos em guerra,
E aponta a hegemonia na Terra.
Se não fulmina o pobre vivente,
Deixa-o ensandecido e doente,
Que nas sequelas arrasadoras,
Gera emoções desesperadoras.
No limiar da condição humana,
Acorda dilema que não engana,
Solta toda a angústia e a agonia,
E subverte o corpo pela atonia.
Debocha da humana condição,
Que só pensa em acumulação,
Ignorando a cega precedência,
Que a mobiliza pela aparência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário