terça-feira, 1 de setembro de 2020

AS SENHORAS PODEROSAS


 

Ao lado das damas arrogantes,

Movidas por feitos rompantes,

A escorar as chefias poderosas,

Encontram-se aquelas vistosas.

 

No esnobe do ouro e da moda,

Para representar seu voivoda,

Como papagaios ornamentais,

Despertam alguns supinos ais.

 

Outra senhora feita poderosa,

Por uma vasta legião religiosa,

Transformou pobre servidora,

Em linda rainha intercessora.

 

Denegriu patrimônio sagrado,

E esvaziou o seu rico legado,

Vindo do critério evangélico,

Para o devaneio psicodélico.

 

Sem um testemunho cristão,

Tornou-se refém de bastão,

Para conceder graça e favor,

Do superior e divino fervor.

 

Um objeto de clãs religiosas,

Para as procissões vistosas,

Ensejou verdadeiras máfias,

Para reafirmar suas bazófias.

 

Exploram bonitas reverências,

E as coletas sem clemências,

Visam afirmar o vasto poder,

Para ampliar todo seu querer.

 

Conversão ao Deus de Jesus,

Neles, o que tão pouco reluz,

Cede para interesse mafioso,

De um grupo todo-poderoso.

 

Coroas vistosas e douradas,

Apagam as ações devotadas,

Da simples mulher solidária,

Avessa a toda lida drudária.

 

Da mãe de Jesus sem coroa,

Atenção humanitária ressoa,

E o milagre do modo de agir,

Aponta para um outro porvir.

 

Longe das poderosas máfias,

Com as traiçoeiras empáfias,

Encanta esta discreta Maria,

Serviçal de atenta serventia.

 

 

 

 


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