quarta-feira, 2 de setembro de 2020

PATOLOGIA COMPLICADA

 

 

Entre múltiplos sintomas,

E com os visíveis rizomas,

Os nobres grupos sociais,

Revelam patologias rivais.

 

Difamam com crueldade,

Quando invejosa maldade,

Produz perversas calúnias,

Com as irrisórias pecúnias.

 

Até momentos de oração,

Levam a estufar o pulmão,

Para vociferar difamações,

Contra supostas oposições.

 

Outros vivem da lamúria,

Em torno da sua penúria,

Diante da omissão alheia,

Que não deixa cesta cheia.

 

Até momentos de louvor,

Para elevar o pundonor,

Viram o lamento crônico,

De mal-estar histriônico.

 

Sequer faltam paranoicos,

Perfeccionistas heroicos,

Obcecados por perfeição,

Sem ternura e compaixão.

 

Muitos são tradicionalistas,

A refutar eventuais pistas,

Porque defendem o antigo,

Contra o hipotético inimigo.

 

Ainda vicejam os calculistas,

Que só veem frutos de listas,

Dum crescimento numérico,

Para erguer o perfil colérico.

 

No rol do ativismo ansioso,

Por um desempenho airoso,

Culpa-se omissão de serviço,

Para justificar diário feitiço.

 

Nesta miopia empresarial,

Conta só o dado atuarial,

Sem o ar de solidariedade,

E algum gesto de caridade.

 

 

 

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