Aprimorada em longo tempo,
Como pitoresco passatempo,
Ativou o mito do progresso,
No apogeu de raro sucesso.
Da sua telinha pequeninha,
Feita sedutora nhoquinha,
Surgem incontáveis dados,
Dos intermináveis legados.
Simpática e feita boa serva,
Uma limpa e doce conserva,
Tão inteligente e confiável,
Parece uma musa inefável.
Com uma incrível sedução,
Sensibiliza o frágil coração,
E o seduz para submissão,
Sem nenhuma compaixão.
Distrai crianças inquietas,
Com historinhas abjetas,
Para tentar colonizá-las,
E também desfrutá-las.
Sua amplitude rotunda,
Produz gente corcunda,
Curvada por insistência,
De obsessiva renitência.
O bom entretenimento,
Com o aprazível alento,
Coloniza para consumo,
E obscurece o aprumo.
Com a sutil inteligência,
Produz a dependência,
E a obsessão de clicar,
Sem algo a comunicar.
A síndrome da carência,
Rouba o sono e potência,
Pois quer toda a atenção,
Para a sua apresentação.
Acelera toda liquidação,
Para ilimitada aquisição,
Mas sucateia o planeta,
E faz o humano maneta.
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